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terça-feira, 8 de outubro de 2013

Projeto-creche


PROJETO- VIAJANDO POR NOVOS CAMINHOS COM A TURMA DO JARDIM


 Apresentação

A educação infantil é uma etapa imprescindível na vida das crianças, na qual é essencial que perpasse por ela brincadeiras e interações, pois estas promovem e ampliam o desenvolvimento das mesmas. Este projeto de trabalho visa proporcionar condições que favoreçam esse processo, pois sabe-se que a convivência entre pares e o brincar trazem grandes benefícios à vida dos pequenos.
Crady e Kaercher (2001 p.105) ressaltam que,
O brincar proporciona a troca de pontos de vistas diferentes, ajuda a perceber como os outros o veem, auxilia a criação de interesses comuns, uma razão para que se possa interagir com o outro. Ele tem, em cada momento da vida da criança, uma função, um significado diferente e especial para quem dele participa. Aos poucos, os jogos e brincadeiras vão possibilitando ás crianças a experiência de buscar coerência e lógica nas suas ações governando a si e ao outro. Elas passam a pensar sobre suas ações nas brincadeiras, sobre o que falam e sentem, não só para que os outros possam compreendê-las, mas também para que continuem participando das brincadeiras. Ai está o difícil e o fácil que é o brincar e o conviver com o outro.

É vislumbrado as crianças como sujeitos que pensam, falam e fazem escolhas que desenvolveremos esse trabalho; a perspectiva é criar condições favoráveis para o desenvolvimento e aprendizagem por meio da exploração de diversos elementos e ambientes, viajando por novos caminhos e adquirindo uma melhor compreensão de mundo.

Justificativa                                                               
As crianças precisam de condições que possibilitem desvendar os mistérios da vida, elas são ótimas apreciadoras e possuem uma incrível sensibilidade e nada melhor do que descobrir isso brincando e interagindo, de forma saudável, com o próximo e com os objetos que os cercam.  Nós educadores devemos incentivar essa curiosidade e essa vontade de dar sentido ao mundo. Para Craidy e Kaercher (2001, p.103),

a criança expressa-se pelo ato lúdico e é através desse ato que a infância carrega consigo as brincadeiras. Elas perpetuam e renovam a cultura infantil, desenvolvendo formas de convivência social, modificando-se e recebendo novos conteúdos, a fim de se renovar a cada nova geração. É pelo brincar e repetir a brincadeira que a criança saboreia a vitória da aquisição de um novo saber fazer, incorporando-o a cada novo brincar.

Ao brincar a criança aprende a conhecer a si, ao meio em que está inserida e ao próximo, essa interação é de suma importância, pois existe uma troca de conhecimentos, na qual um ajuda o outro a crescer e a se desenvolver. É por meio do diálogo que surgem as indagações, as dúvidas, o levantamento de hipóteses. Diante disso, o educador deve ser um mediador e proporcionar formas para que essas curiosidades levem sempre a outras ampliando o campo de visão de mundo.
Por meio desse projeto buscaremos valorizar as crianças na construção de sua identidade e socialização, envolvendo-as numa aprendizagem significativa e prazerosa. Sabemos que momentos de conversas e brincadeiras, tem grande importância na compreensão e interação com o mundo pela criança.
A criança não nasce sabendo brincar por isso, partiremos da necessidade da criança em compreender o mundo por meio do brinquedo, e de brincadeiras sempre observando que as concepções de sujeito e criança estão presentes em diferentes lugares e culturas, Kaercher (2001, p. 102) afirma que: “entender essas concepções é possibilitar que vivam intensamente o seu modo de ser criança. É compreender sua cultura, seus valores, desejos, e, principalmente, as necessidades que têm de compreender a realidade que as cerca através do brinquedo”.
O brincar transforma significados sobre o mundo à criança, é compreendido como significações que estruturam as relações entre elas. A brincadeira se enriquece no espaço social, proporcionam experiências, reelaborações de ações, interações e convivência social, Borba (2009, p. 71) explicita que:

No brincar, as crianças vão também se constituindo como agentes de sua experiência social, organizando com autonomia suas ações e interações, elaborando planos e formas de ações conjuntas, criando regras de convivência social e de participação nas brincadeiras.


                Pretendemos contribuir para a aprendizagem das crianças de uma forma mais significativa criando possibilidades de conhecimento por meio das brincadeiras  envolvendo-as em situações lúdicas, prazerosas.
   Nessa perspectiva o brincar não é uma forma de ocupar o tempo, mas sim uma linguagem que fornece subsídios para a expressão, sendo também um meio de desenvolver habilidades corporais, cognitivas e de aprender a conhecer, além de propiciar a experimentação de sentimentos, tais como prazer, alegria, medo, entre outros que afloram no ato lúdico.
Essa forma de pensar o brincar influencia a pratica de tal modo que as trocas entre adulto-criança tornem-se extremamente significativas para o desenvolvimento e aprendizagem na educação infantil.
Vygotsky (apud Borba, 2009 p.72) afirma que,
brincar é fonte de desenvolvimento e de aprendizagem, construindo uma atividade que impulsiona o desenvolvimento, pois a criança se comporta de forma mais avançada que na vida cotidiana, exercendo papeis e desenvolvendo ações que mobilizam novos conhecimentos, habilidades e processos de desenvolvimento  e de aprendizagem.


Para promover o brincar das crianças bem pequenas, é essencial um ambiente apropriado, estimulante e uma interação qualificada, onde o educador seja também ouvinte das vontades e anseios das crianças, criando laços de afetividade e confiança através do lúdico. Estas atitudes são resultantes da percepção do adulto sobre a criança como sujeito ativo, capaz de aprender sobre a importância do brincar como elemento relevante para o desenvolvimento cognitivo, social e emocional das crianças.
Desde pequenas, as crianças desenvolvem situações de interação com os mais velhos, que constituem formas essenciais da aprendizagem e do brincar.  “Moura (2009 p.81) afirma que ‘‘a brincadeira favorece a interação” e através das brincadeiras que o educador cria laços mais concretos com as crianças, e elas se sentem confiantes em se expressar, comunicar e colocar seu ponto de vista, formando assim sua personalidade, através do lúdico e da interação com o educador, colegas e outras que compõem a instituição e os familiares. E o desafio de estar com as crianças passa pela comunicação, pois interpretá-las exige disponibilidade, conhecimento e interesse por parte do adulto.

Objetivos
       ·       Valorizar e compreender as crianças como seres de direitos, ativos e capazes de agirem sobre o mundo;
         ·          Colocar em prática a proposta do Projeto Coletivo de Estágio, no qual as brincadeiras e interações são imprescindíveis e devem nortear o trabalho na educação infantil;
          ·          Promover por meio do diálogo um ambiente na qual as crianças sintam prazer para expor suas ideias, pensamentos e vontades, interagindo e aprendendo umas com as outras.

Metodologia
Foi através das observações e coletas de dados no campo creche e no Projeto Coletivo de Estágio, que o processo metodológico se constituiu para elaboração desse projeto. Partimos da ideia de que as brincadeiras e as interações devem nortear o trabalho na educação infantil.
Visando as crianças como seres de direitos, busca-se atender suas curiosidades, através de interações, rodas de conversas, dinâmicas de grupos, cantigas de rodas, teatros, brincadeiras entre outros, sempre proporcionando ricas vivências, na qual as crianças poderão, dentro do espaço coletivo, exercitar sua criatividade e imaginação, explorar e adquirir sua compreensão de mundo, utilizando das múltiplas linguagens, de forma a valorizar suas potencialidades.
Ressaltando que todo o processo se dará com base no que os pequenos se interessam e almejam desvendar, para isso estaremos sempre reavaliando as práticas e fazendo novos planejamentos, no intuito de atender e promover o desenvolvimento dos mesmos.

Recursos
Durante as vivências utilizaremos materiais simples e de acordo com a realidade da Instituição da Educação Infantil, trabalhando com materiais recicláveis como o papelão e o jornal, ressaltando o valor de transformar um material utilizado em algo de grande significância como o brinquedo. Para criar um ambiente prazeroso e descontraído utilizaremos de cantigas e de outros gêneros musicais, de acordo com cada encontro.
Proporcionaremos as crianças momentos para explorarem sua linguagem oral através da dramatização, contação de histórias, das músicas e brincadeiras. No decorrer das vivências as crianças terão maior contato com diferentes materiais, através de oficinas de arte: Produção de cavalinhos de papelão e de barquinhos de papel cartão.


Avaliação
Durante o desenvolvimento deste, as avaliações dar-se-á através de reflexões junto às crianças, tendo como parâmetro a coerência entre as concepções defendidas e as práticas empreendidas. O processo avaliativo constituirá de duas vertentes: uma direcionada a acompanhar o desenvolvimento e aprendizagem dos alunos e a outra de qualificar nossa prática pedagógica com a finalidade de redirecionar nossa caminhada sempre que se fizer necessário.

Referências
BARBOSA, Maria Carmen Silveira; HORN, Maria da Graça Souza. Projetos pedagógicos na educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2008.
BORBA, Angela Meyer. A brincadeira como experiência de cultura. In: CORSINO, Patricia (org.). Educação Infantil – cotidiano e políticas. Campinas, SP: Autores e Associados, 2009.
BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria da Educação Básica. Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil. MEC, 2010.
DORNELLES, Leni Vieira. Na escola infantil todo mundo brinca se você brinca. In: CRAIDY, Maria, KAERCHER, Gládis Elise P. da Silva (orgs.). Educação infantil - pra que te quero? Porto alegre: Artmed, 2001.
MALUF, Angela Cristina Munhoz. Brincar: Prazer e Aprendizado. 8. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.
MULLER, Fernanda, REDIN, Marita M. Sobre as crianças, a infância e as praticas escolares. In: MULLER, Fernanda, REDIN, Marita M. et al. (orgs). Infâncias – cidades e escolas amigas das crianças. Porto Alegre: Mediação, 2007.
PIMENTA, Selma Garrido e LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e docência: diferentes concepções. Revista Poíesis - Volume 3, Números 3 e 4, p.5-24, antyi2005/2006. (antigo).



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